Beata Elena Guerra
(1835-1914)
(1835-1914)
Elena
Guerra nasceu em Lucca (Itália), no dia 23 de Junho de 1835. Viveu e
cresceu em um clima familiar profundamente religioso. Durante uma longa
enfermidade, se dedica à meditação da Palavra de Deus e ao estudo dos
Padres da Igreja, o que determina seu orientamento da vida interior e de
seu apostolado; primeiro na Associação das Amigas Espirituais,
idealizada por ela mesma para promover entre as jovens a amizade em seu
sentido cristão, e depois nas Filhas de Maria.
Em Abril de 1870, Elena participa de uma peregrinação pascal em Roma
juntamente com seu pai, Antônio. Entre outros momentos marcantes, a
visita às Catacumbas dos Mártires confirmam nela o desejo pela vida
consagrada. Em 24 de Abril, assiste na Basílica de São Pedro a terceira
sessão conciliar do Vaticano I, na qual vinha aprovada a Constituição
“Dei Filius” sobre a Fé. A visita ao Papa Pio IX a comove de tal maneira
que depois de algumas semanas, já em Lucca, no dia 23 de Junho, faz a
oferta de toda a sua vida pelo Papa.
No ano de 1871, depois de uma grande noite escura, seguida de graças
místicas particulares, Elena com um grupo de Amigas Espirituais e Filhas
de Maria, dá início a uma nova experiência de vida religiosa
comunitária, que em 1882 culminará na fundação da Congregação das Irmãs
de Santa Zita, dedicada a educação cultural e religiosa da juventude. É
neste período que Santa Gemma Galgani se tornará “sua aluna predileta”.
Em 1886, Elena sente o primeiro apelo interior a trabalhar
de alguma forma para divulgar a Devoção ao Espírito Santo na Igreja.
Para isto, escreve secretamente muitas vezes ao Papa Leão XIII,
exortando-o a convidar “os cristãos modernos” a redescobrirem a vida
segundo o Espírito; e o Papa, amavelmente solicitado pela mística
Luquese, dirige à toda Igreja alguns documentos, que são como uma
introdução a vida segundo o Espírito e que podem ser considerados também
como o início do “retorno ao Espírito Santo” dos tempos atuais: A breve
“Provida Matris Charitate” de 1895; a Encíclica “Divinum Illud Munus”
em 1897 e a carta aos bispos “Ad fovendum in christiano populo”, de
1902.
Em Outubro de 1897, Elena é recebida em audiência por Leão XIII, que a
encoraja a prosseguir o apostolado pela causa do Espírito Santo e
autoriza também a sua Congregação a mudar de nome, para melhor
qualificar o carisma próprio na Igreja: Oblatas do Espírito Santo.
Para Elena, a exortação do Papa é uma ordem, e se dedica ainda com
maior empenho à causa do Espírito Santo, aprofundando assim, para si e
para os outros, o verdadeiro sentido do “retorno ao Espírito Santo”:
Será este o mandato da sua Congregação ao mundo.
Elena, em suas meditações com a Palavra de Deus, é profundamente
impressionada e comovida por tudo o que acontece no Cenáculo histórico
da Igreja Nascente: Ali, Jesus se oferece como vítima a Deus para a
salvação dos homens; ali institui o Sacramento de Amor, a Eucaristia;
ali, aparece aos seus discípulos depois da ressurreição e ali, enfim,
manda de junto do Pai o Espírito Santo sobre a Igreja Nascente.
A Igreja é chamada a realizar os Mistérios do Cenáculo, Mistérios
permanentes, e, portanto, o Mistério Pascal: A Igreja é, por isto,
prolongamento do Cenáculo, e, analogamente, é ela mesma como um Cenáculo
Espiritual Permanente.
É neste Cenáculo do Mistério Pascal, no qual o Senhor Ressuscitado
reúne a comunidade sacerdotal real e profética, que também nós, e cada
fiél em particular, fomos inseridos pelo Espírito mediante o Batismo e a
Crisma, e capacitados a participar da Eucaristia, que é uma assembléia
de confirmados, e, portanto, semelhante a primeira comunidade do
Cenáculo depois da descida do Espírito Santo. É nesta prospectiva que
Elena Guerra concebe e inicia o “Cenáculo Universal” como movimento de
oração ao Espírito Santo.
Elena morreu no dia 11 de Abril de 1914, sábado santo, com o grande
desejo no coração de ver “os cristãos modernos” tomando consciência da
presença e da ação do Espírito Santo em suas vidas, condição
indispensável para um verdadeiro “renovamento da face da terra”.
Elevada à honra dos altares em 26 de Abril de 1959, justamente o Papa
a definiu “Apóstola do Espírito Santo dos tempos modernos”, assim como
Santa Maria Madalena foi a apóstola da Ressurreição e Santa Maria
Margarida Alacoque a apóstola do Sagrado Coração.
O carisma profético de Elena é ainda atual, visto que a única
necessidade da Igreja e do Mundo é a renovação contínua de um perene e
“Novo Pentecostes” que por fim “renove a face da terra”.
“A vinda do Espírito Santo no Cenáculo,
foi como o beijo da reconciliação dado
por Deus à humanidade redimida no sangue de Jesus”
(Elena Guerra)
Beata helena guerra rogai por nos. Fabricio roncalli .de serra do Espirito Santo.
ResponderExcluirq o Espirito Santo habite em nós como habitou na Beata Helena Guerra. Amém
ResponderExcluirRaylla Dourado
Beata Elena Guerra interceda por nós,somos frutos desta nova Vida vida,no Espírito..
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