"Irmãos e irmãs, na luz do Ressuscitado, resplendem os beatos que amaram e serviram o Senhor nesta vida e receberam d'Ele a coroa de glória. Pela primeira vez, hoje, celebramos a Eucaristia em honra do Beato Pontífice João Paulo II, que todos conhecemos e amamos, e que reconhecemos participante da eterna Bem-aventurança. Iniciamos esta celebração abrindo com confiança o nosso coração à Divina Misericórdia"
Foram essas as palavras introdutórias do secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, na Missa de Agradecimento pela Beatificação de João Paulo II, celebrada na manhã desta segunda-feira, 2, na Praça de São Pedro. A celebração foi a primeira em memória de Karol Wojtyla após acerimônia que o proclamou Beato neste Domingo da Misericórdia, 1º.
A Missa foi precedida por algumas palavras do ex-secretário particular de João Paulo II e atual Arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, seu amigo durante quase 40 anos.
"Mas que poderei retribuir ao Senhor por tudo o que ele me deu?" (Sl 115, 3). As palavras do salmista, cheias de estupor e gratidão, tornam-se hoje as nossas palavras. O que retribuiremos ao Senhor pelo dom da Beatificação de JPII, Seu servo e pastor de Seu povo? Elevaremos o cálice da salvação e invocaremos o nome do senhor. Não encontramos outras palavras. O dom é demasiado grande para se conseguir expressar aquilo que sente toda a igreja, para expressar aquilo que sentem os nossos corações", disse.
Foram essas as palavras introdutórias do secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, na Missa de Agradecimento pela Beatificação de João Paulo II, celebrada na manhã desta segunda-feira, 2, na Praça de São Pedro. A celebração foi a primeira em memória de Karol Wojtyla após acerimônia que o proclamou Beato neste Domingo da Misericórdia, 1º.
A Missa foi precedida por algumas palavras do ex-secretário particular de João Paulo II e atual Arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, seu amigo durante quase 40 anos.
"Mas que poderei retribuir ao Senhor por tudo o que ele me deu?" (Sl 115, 3). As palavras do salmista, cheias de estupor e gratidão, tornam-se hoje as nossas palavras. O que retribuiremos ao Senhor pelo dom da Beatificação de JPII, Seu servo e pastor de Seu povo? Elevaremos o cálice da salvação e invocaremos o nome do senhor. Não encontramos outras palavras. O dom é demasiado grande para se conseguir expressar aquilo que sente toda a igreja, para expressar aquilo que sentem os nossos corações", disse.
"À luz do Evangelho, lia a história da humanidade e os acontecimentos de cada homem e de cada mulher que o Senhor colocava ao longo do caminho. Daqui, do encontro com Cristo no Evangelho, surgia a sua fé", destacou o Cardeal Bertone.
"Simão, filho de João, tu me amas? [...] Senhor, tu conheces tudo; tu sabes que te amo" (Jo 21, 17) - "É esse o diálogo de amor entre Cristo e o homem que assinalou toda a vida de Karol Wojtyla e o conduziu não somente ao fiel serviço à Igreja, mas também à total dedicação pessoal a Deus e aos homens que caracterizam o seu caminho de santidade", complementou.
Ao ser tolhido de tudo aquilo que humanamente podia impressionar - a força física, a expressão do corpo, a possibilidade de mover-se, até mesmo a fala -, então mais do que nunca João Paulo II confiou a sua vida e a sua missão a Cristo. "Porque somente Cristo pode salvar o mundo. Sabia que a sua debilidade corporal fazia ver ainda mais claramente o Cristo que age na história. E oferecendo os seus sofrimentos a Ele e à Sua Igreja, deu a todos nós um última, grande lição de humanidade e abandono nos braços de Deus", explicou o Cardeal.
O secretário de Estado definiu o novo Beato como homem de fé, Pastor, Testemunha, Papa, Santo, homem verdadeiro, em caminho, vivo.
É um homem de Deus porque vivia de Deus, sua vida era uma oração contínua e constante, que abraçava com amor cada habitante do planeta. "João Paulo II era um autêntico defensor da dignidade de todo o ser humano e não mero combatente de ideologias político-sociais. A sua relação com cada pessoa é sintetizada naquela estupenda frase que escreveu: 'O outro me pertence'", disse Bertone. Uma oração ainda mais eficaz também devido à série de sofrimentos que ele próprio passou em sua existência.
É um Pastor porque sabia ler os sinais da presença de Deus na história humana e e nela anunciava as grandes obras em todo o mundo e em todas as línguas.
É uma Testemunha credível e transparente porque ensinou como se deve viver a fé e defender os valores cristãos, a começar da vida, sem complexos ou medo. "[Ensinou] como se deve testemunhar a fé com coragem e coerência, concretizando as Bem-aventuranças na experiência cotidiana. A vida, o sofrimento, a morte e a santidade de João Paulo II são delas um testemunho e uma confirmação tangível e certa".
É um Papa que soube dar à Igreja Católica não somente uma projeção universal e uma autoridade moral em nível mundial, mas também uma visão mais espiritual, mais bíblica, mais centrada na palavra de Deus. "Uma Igreja que soube se renovar, configurar uma 'nova evangelização', intensificar as relações ecumênicas e inter-religiosas, e reencontrar também as vias de um frutuoso diálogo com as novas gerações", definiu Bertone.
É Santo porque coerentes a sua humanidade, a sua palavra e a sua vida. "Era um homem verdadeiro porque inseparavelmente ligado Àquele que é a Verdade. Seguindo Aquele que é o Caminho, era um homem sempre em caminho, sempre inclinado na direção do bem maior por cada pessoa, pela Igreja e pelo mundo e rumo à meta que para todo o centre é a glória do Pai. Era um homem vivo, porque cheio da Vida que é Cristo, sempre aberto à sua graça e a todos os dons do Espírito Santo".
Da mesma forma como aconteceu no domingo, a cerimônia foi precedida por uma hora de preparação. Houve a recitação de poesias do Beato pelos atores Dariusz Kowalski e Pamela Villoresi. As leituras foram entremeadas por alguns trechos sinfônicos executados pela Orquestra Sinfônica da Rádio Polonesa de Katowice, com a participação do Coro Unido Polonês de Varsóvia e do da Diocese de Roma, além da presença da soprano Ewa Izykowska.
Os textos litúrgicos da Missa foram aqueles próprios do novo Beato. Durante a cerimônia, a Basílica de São Pedro permaneceu fechada ao público. Mais de 250 mil fiéis entraram neste domingo, 1º, na Basílica para rezar diante dos restos mortais do novo Beato. A Basílica permaneceu aberta até as 3h e, após a celebração da Missa de Agradecimento, voltou a ser aberta aos peregrinos.
Às 17h30 (hora local), será rezado o último diante do féretro de João Paulo II. Posteriormente, já de forma privada, será feito o sepultamento dos restos mortais de João Paulo II na Capela de São Sebastião, próximo à famosa Pietàde Michelangelo.
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